No meio intelectual a pior falta não é a de conhecimento. É a
de caráter. Pela segunda vez a Presidente da UBT Nacional, Domitilla Borges Beltrame, volta a mostrar em seu comportamento um
desvio ético, ao desativar a Delegacia UBT de Blumenau. O fez pelo Boletim Nacional sob sua responsabilidade, alegando em péssimo
estilo sincopado, que seu delegado, Luiz Cesar Saraiva Feijó, “não
se adaptou às normas de procedimentos, concursos e conduta da UBT, ferindo o ambiente
fraterno que existe entre os trovadores” (sic).
Em primeiro lugar, eu não poderia tomar conhecimento do fato
para, no mínimo, me defender, por não ter acesso ao Boletim Nacional que esta
senhora edita e onde foi notificada a desativação da referida Delegacia.
Domitilla Borges
Beltrame não teve a
coragem de se dirigir a mim, por escrito, preferindo a calúnia como forma
simples de dar por encerrada uma divergência, tratada com todo o rigor técnico
por mim, como consta na CARTA ABERTA
que lhe dirigi, em outubro de 2016. Se não fosse a gentileza da trovadora Eliana Jimenez, de Balneário Camboriú, que
me enviou cópia do referido Boletim, ficaria sem saber que fora alvo, mais uma
vez, de acusações mentirosas, próprias de quem não tem caráter nem condições
intelectuais para dirigir tão importante agremiação literária como a União Brasileira de Trovadores.
Vejamos. 1º) Como dizer que não me adaptei às normas de
procedimentos dos concursos da UBT? Expliquei tudo na CARTA ABERTA que, inclusive, enviei para o seu endereço eletrônico. Vou publicá-la, novamente, nas redes
sociais, para uma leitura sua mais consistente... 2º) Como dizer que feri o
ambiente fraterno que existe entre os trovadores? Mentira! Nada disso
aconteceu. Muitos trovadores se manifestaram solidarizando-se com o que expus
naquela ocasião, pois a CARTA ABERTA
foi enviada para todos que participaram do I CONCURSO DE TROVAS DE BLUMENAU. O
que realmente aconteceu foi que a senhora, presidente Domitilla Borges Beltrame,
que mal sabe redigir textos dissertativos,
também tem muita dificuldade em entender excertos de natureza narrativa. A
senhora pode saber ler, mas não entende o que lê. Mas o problema é maior. É de caráter.
Então, tudo pode facilmente ficar fora de controle. Desculpo a falta de
informação literária e a incompetência para a gestão de associações
lítero-recreativas como a UBT, mas não faço concessões à mediocridade moral.
Depois que percebi quem está dirigindo atualmente a UBT –
Nacional, não me interesso mais por esse grupo. Disse tudo na CARTA ABERTA de outubro de 2016. E para
quem dela não tomou conhecimento, ou de seu conteúdo já se esqueceu, republico,
mais uma vez, com muita tranquilidade, nas redes sociais, a CARTA ABERTA a Domitilla Borges Beltrame, como uma forma de repúdio, também, às calúnias contidas no seu
muito mal redigido texto de desativação da Delegacia de Blumenau. Delegacia
esta que teve um dos concursos mais honestos de todos os tempos da UBT, com
critérios definidos, comissão julgadora conhecida de todos e nomeada com
antecedência, tudo às claras (nada escondidinho), integrada por doutores em
Literatura Brasileira, Professores Titulares de Universidades Federais. O Concurso
foi aplaudido pelos concorrentes, por pessoas sérias, esclarecidas e
inteligentes. A inveja atrapalha, não é Domitilla Borges Beltrame ?
Blumenau, 20 de abril de 2017.
Ass. LUIZ CESAR
SARAIVA FEIJÓ
CARTA ABERTA A DOMITILLA
BORGES BELTRAME
Ao ler as primeiras linhas do artigo da Presidente, Domitilla
Borges Beltrame, PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA,
no Boletim Nacional, órgão oficial da UBT Nacional, nº 579, de outubro de 2016,
me senti atingido por suas palavras: “Com
o desaparecimento de grande parte dos trovadores, está havendo na UBT a
substituição gradual desses trovadores por recém chegados (sic) à entidade, que, compreensivamente, não
estão ainda ao par (sic) dos seus usos e costumes, nem de algumas das suas tradições
cultivadas por mais de meio século. Dois eventos recentes atestam minhas
palavras: o excessivo número de premiados no concurso de São Gonçalo no Rio de
Janeiro e a não distinção entre Trovadores Veteranos e Novos Trovadores no
concurso de Blumenau em Santa Catarina. Em ambos os casos houve inclusive
exarcebação (sic) de ânimos, o que
quase me fez cancelar os resultados de ambos os concursos, e se não fiz, foi
somente para não aumentar ainda mais o mal estar que essas exarcebações (sic)
causaram, e por entender que foram
causadas pelas boas intenções desses recém chegados (sic).” Assim sendo,
enviei-lhe a seguinte missiva, por e-mail:
Prezada Sra. Domitilla Beltrame.
Li no Boletim Nacional da União
Brasileira de Trovadores, outubro 2016, nº 579, página 02, no texto PALAVRAS DA
PRESIDÊNCIA, seus comentários sobre o evento que coordenei, o I Concurso
Nacional de Trovas de Blumenau.
Causou-me enorme estranheza sua
declaração, a respeito da minha não distinção entre Trovadores Veteranos e
Novos Trovadores no Concurso que coordenei. Sei, perfeitamente, que no Edital
havia referências a esse tipo de distinção. Contudo, expliquei a V.S. os
motivos pelos quais não considerei esses dois tipos de trovadores. Sei que a
senhora tem todo o direito em querer que as coisas corram dentro das normas
previstas nos seus regulamentos, mas chegar ao ponto de ver exacerbação em
minha humilde e sincera argumentação, por não seguir sua orientação, é uma
atitude que não posso aceitar. Não agravei nada. Não exagerei nada, porque nada
havia para ser exagerado. Gostaria que refletisse bem a respeito disso tudo. E
para que não haja dúvidas, transcrevo o texto do e-mail em que lhe enviei os
resultados do I Concurso de Trovas de Blumenau, com a referida justificativa:
Prezada senhora.
Englobei todos os concorrentes em uma
só categoria, pois foram muitas trovas e não poderia sobrecarregar os
julgadores com subdivisões, uma vez que são pessoas muito ocupadas, pois mesmo
aposentadas, atuam em diversos setores da vida cultural de sua cidade, dando
assessoria linguística e literária a importantes agentes culturais do Rio de
Janeiro. Creio, contudo, que o critério adotado só prestigiou a vossa simpática
e atuante União Brasileira de Trovadores. Já enviei os Certificados para os
vencedores e os Diplomas para os componentes da Banca Julgadora.
Prof. Luiz Cesar Saraiva Feijó
Assim sendo, pergunto onde houve
exacerbação e quais motivos (talvez sejam sub-reptícios) existem para tamanha
indignação, a ponto de ter tentado anular os resultados? Gostaria de frisar que
aquele Concurso foi um dos que mais transparência apresentou em toda a história
dos julgamentos de Concursos da UBT, pois mostrou a todos a qualificadíssima
banca julgadora, que declinou seus critérios, a forma de avaliação e as considerações
gerais adotadas na seleção dos poemas vencedores. Da forma como organizei o
julgamento e a apuração, não seria possível nenhuma fraude, nenhuma
possibilidade de macular o resultado e creio, mesmo, que não houve nada
parecido com esse critério de avaliação e apuração na UBT. Em vez de a senhora
agradecer, vem dizer que houve exacerbação, agravamento, aumento exagerado de
impertinências em minha atitude? Recebi,
Senhora Presidente, elogios de inúmeros concorrentes a respeito de como procedi
na coordenação desse Concurso, todos aplaudindo a lisura e a maneira como foram
julgados seus poemas, suas composições. Em tempo, pergunto, ainda, como os tais
“novos trovadores” e “os trovadores veteranos” poderiam ter sido prejudicados
com tal nivelamento? Sei que o Edital previa um tipo diferente de premiação,
mas expliquei em meu e-mail (a cima reproduzido) o porquê de ter havido
tratamento diferente. Não foi suficiente ou não houve boa vontade? Talvez não
tenha havido compreensão...
Sra. Presidente, fique com suas
convicções, pois são legítimas, mas fique também sabendo que não vejo nenhuma
exacerbação nas palavras e nas atitudes que tomei ao explicar-lhe os motivos
para não levar em consideração o quesito Novo Trovador e Trovador Veterano.
Creio que isso é impossível de ser justificado.
Finalizando, Sra. Presidente, “recém-chegado”, pela nova ortografia em
vigor, possui hífen, e a expressão “ao
par” está mal empregada, pois deveria grafá-la “a par”. Já a grafia
equivocada do vocábulo exacerbação em duas situações
distintas foi por mim considerada erro de digitação, pois a metátese é natural,
considerando a realização difícil da pronúncia desse vocábulo, cujo reflexo
imediato se dá na escrita. E no Item 9
das suas orientações, a senhora, sim,
exacerbou, pois agravou substancialmente a redação de seu texto, porque não
tomou cuidado no uso do pronome reflexivo “SE”,
cujo emprego, aí, exige o verbo no plural (“que
se façam”), errando mais uma vez e isso,
sim, merece séria reprovação.
Ass. Luiz Cesar Saraiva Feijó
ATÉ A PRÓXIMA